É com alguma preocupação que vejo a menorização de alguns grupos de investigação, expressa na proposta de estatutos. Esses grupos descritos na alínea b) do artigo 32º, apesar de reconhecidos pelo ISEP, ou seja, reunindo as condições científicas qualitativas, não serão representados no Conselho Técnico-Científico e, o que é extraordinário, tão pouco poderão participar na eleição dos elementos representantes dos grupos de investigação nesse Conselho. Um grupo significativo de investigadores do ISEP (basta ver os grupos que actualmente cairiam nesta alínea) não estarão assim representados. Trata-se assim de fazer uma divisão administrativa que não cientificamente qualitativa dos grupos. Por outro lado a metodologia de eleição dos representantes pode, facilmente, conduzir a que todos os elementos eleitos por esta via provenham do mesmo grupo de investigação. Este facto poderá, potencialmente, comprometer a necessária equidistância das decisões do Conselho Técnico-Científico. (Um parêntesis para assinalar o facto de que não há qualquer limitação relativamente a quem poderão ser os representantes dos grupos de investigação - aparentemente um bolseiro licenciado poderá ser escolhido!) De facto entendo, como já referi publicamente, que o ISEP só terá a ganhar com uma diversidade e pluralidade de grupos. Que deverão ser dadas as condições para que os grupos se desenvolvam e atinjam os seus objectivos. Que isso seja feito através de uma contratualização com o Presidente do ISEP (alínea 2 do artigo 32º) parece-me extremamente positivo. Mas essas condições não se referem apenas a recursos humanos e materiais. Referem-se também ao respeito e tratamento igual por parte dos órgãos de gestão.
Caros colegas,
ResponderEliminarÉ com alguma preocupação que vejo a menorização de alguns grupos de investigação, expressa na proposta de estatutos. Esses grupos descritos na alínea b) do artigo 32º, apesar de reconhecidos pelo ISEP, ou seja, reunindo as condições científicas qualitativas, não serão representados no Conselho Técnico-Científico e, o que é extraordinário, tão pouco poderão participar na eleição dos elementos representantes dos grupos de investigação nesse Conselho. Um grupo significativo de investigadores do ISEP (basta ver os grupos que actualmente cairiam nesta alínea) não estarão assim representados.
Trata-se assim de fazer uma divisão administrativa que não cientificamente qualitativa dos grupos.
Por outro lado a metodologia de eleição dos representantes pode, facilmente, conduzir a que todos os elementos eleitos por esta via provenham do mesmo grupo de investigação. Este facto poderá, potencialmente, comprometer a necessária equidistância das decisões do Conselho Técnico-Científico.
(Um parêntesis para assinalar o facto de que não há qualquer limitação relativamente a quem poderão ser os representantes dos grupos de investigação - aparentemente um bolseiro licenciado poderá ser escolhido!)
De facto entendo, como já referi publicamente, que o ISEP só terá a ganhar com uma diversidade e pluralidade de grupos. Que deverão ser dadas as condições para que os grupos se desenvolvam e atinjam os seus objectivos. Que isso seja feito através de uma contratualização com o Presidente do ISEP (alínea 2 do artigo 32º) parece-me extremamente positivo. Mas essas condições não se referem apenas a recursos humanos e materiais. Referem-se também ao respeito e tratamento igual por parte dos órgãos de gestão.
Cumprimentos,
Vaz de Carvalho